Imunizantes já podem ser vistos como um quarto pilar na prevenção de infartos e AVCs, ao lado do controle do colesterol alto, da hipertensão e do diabetes. Essa é uma notícia animadora e que traz esperança para a saúde da população mundial.
Por muitos anos, as doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), foram as principais causas de morte em todo o mundo. Estima-se que, em 2019, essas doenças foram responsáveis por cerca de 17,9 milhões de óbitos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). E, infelizmente, esses números só tendem a aumentar nos próximos anos.
No entanto, recentemente, estudos têm apontado que os imunizantes, como as vacinas, podem ser uma importante ferramenta na prevenção dessas doenças. Isso porque, além de protegerem contra doenças infecciosas, as vacinas também podem ter um efeito benéfico no sistema cardiovascular.
Um dos principais benefícios das vacinas é a redução da inflamação no organismo. A inflamação crônica é um fator de risco para doenças cardiovasculares, pois pode causar danos nas artérias e aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos. Ao estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos, as vacinas ajudam a controlar a inflamação e, consequentemente, a prevenir problemas cardiovasculares.
Além disso, algumas vacinas também podem ter um efeito direto na prevenção de doenças cardiovasculares. Um estudo realizado em 2018 pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, mostrou que a vacina contra a gripe reduziu em até 45% o risco de infarto em pessoas com mais de 60 anos. Isso porque a gripe pode desencadear inflamações no organismo, que podem levar a problemas cardiovasculares.
Outra vacina que tem se mostrado promissora na prevenção de doenças cardiovasculares é a vacina contra o pneumococo. Um estudo publicado em 2019 na revista científica The Lancet mostrou que a vacina reduziu em até 45% o risco de infarto e AVC em pessoas com mais de 60 anos. Isso ocorre porque o pneumococo é uma bactéria que pode causar infecções respiratórias, como a pneumonia, que também podem levar a inflamações no organismo e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Além dessas, outras vacinas também têm sido estudadas em relação à sua eficácia na prevenção de doenças cardiovasculares, como a vacina contra a hepatite B e a vacina contra o HPV. Acredita-se que, assim como as vacinas contra a gripe e o pneumococo, elas também possam ter um efeito benéfico no sistema cardiovascular.
É importante ressaltar que os imunizantes não devem ser vistos como uma substituição aos outros pilares na prevenção de doenças cardiovasculares, como o controle do colesterol, da hipertensão e do diabetes. Pelo contrário, eles devem ser considerados como uma importante adição a essas medidas. Afinal, quanto mais ferramentas tivermos para prevenir essas doenças, melhor será para a nossa saúde.
Além disso, é fundamental que a população continue seguindo as recomendações de vacinação de acordo com o calendário vacinal. Isso é importante não apenas para a prevenção de doenças infecciosas, mas também para a saúde cardiovascular.
Portanto, é hora de começarmos a enxergar os imunizantes como um quarto pilar na prevenção de infartos e
