O mês de julho de 2021 trouxe um resultado preocupante para o setor público brasileiro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, o déficit primário do setor público atingiu o valor de R$ 66,566 bilhões, o maior para meses de julho desde 2020. Esse resultado negativo superou as expectativas do mercado, que previam um déficit de R$ 60 bilhões.
O déficit primário é a diferença entre as receitas e despesas do governo, sem considerar os gastos com pagamento de juros da dívida pública. Ou seja, é o indicador que mostra se o governo está gastando mais do que arrecadando. E no caso de julho, essa diferença foi bastante significativa.
Para se ter uma ideia, em julho de 2020, o déficit primário do setor público foi de R$ 81,071 bilhões. Ou seja, mesmo com uma melhora em relação ao ano anterior, o resultado ainda é preocupante. Isso porque um déficit primário elevado pode comprometer a saúde financeira do país, afetando diretamente a economia e a vida dos cidadãos.
Mas afinal, o que levou a esse déficit primário tão alto? De acordo com o Tesouro Nacional, a pandemia da Covid-19 é o principal fator responsável por esse resultado negativo. A crise sanitária impactou diretamente a economia, com a diminuição da atividade econômica e o aumento do desemprego. Isso refletiu diretamente na arrecadação de impostos, que foi menor do que o esperado.
Além disso, o governo precisou aumentar os gastos para lidar com a crise. Foram destinados recursos para o pagamento do auxílio emergencial, para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e para programas de manutenção do emprego. O objetivo dessas medidas era minimizar os impactos da pandemia na vida dos brasileiros e manter a economia em funcionamento.
No entanto, esses gastos extras acabaram afetando o resultado primário do setor público. E mesmo com a retomada gradual da economia e a melhora nos indicadores econômicos, os impactos da pandemia ainda são sentidos e refletem nos resultados do governo.
É importante ressaltar que o déficit primário do setor público não é um problema exclusivo do Brasil. Vários países ao redor do mundo também apresentaram resultados negativos em suas contas públicas devido à crise sanitária. No entanto, é preciso que o governo adote medidas para melhorar esse indicador e garantir a sustentabilidade das contas públicas.
Uma das ações que podem ser adotadas é a reforma fiscal, que visa ajustar as contas do governo e reduzir os gastos públicos. Também é necessário investir em medidas de incentivo à retomada da economia, como a criação de empregos e o aumento da atividade econômica. Afinal, uma economia forte e saudável é fundamental para manter as contas do governo equilibradas.
Por fim, é importante destacar que o resultado do déficit primário do setor público em julho foi preocupante, mas não deve ser motivo para desespero. Com a retomada da economia e a adoção de medidas para melhorar as contas públicas, é possível reverter esse cenário e garantir um futuro mais estável para o país.
O governo e a sociedade devem trabalhar juntos para superar os desafios trazidos pela pandemia e garantir um futuro próspero para o Brasil. É preciso ter confiança e acreditar que, juntos, podemos construir um país melhor e mais forte. Afinal, essa é a essência do povo brasileiro: lutar e vencer as adversidades.