O Partido Socialista (PS) levantou uma questão importante durante uma recente reunião da Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social. A dirigente da Segurança Social, Manuela Eanes, fez declarações controversas sobre casos de amamentação após os dois anos de idade, afirmando que estes justificam a intervenção de uma Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). O PS questiona se a tutela se revê nessas declarações e se considera que essa é a melhor forma de abordar a amamentação prolongada.
A amamentação é um tema sensível e muitas vezes polarizador. Enquanto alguns defendem que a amamentação deve ser exclusiva até aos seis meses e complementada até aos dois anos ou mais, outros argumentam que a amamentação prolongada traz benefícios para a saúde física e emocional da criança. No entanto, independentemente da opinião individual de cada um, é importante que haja respeito e compreensão pelas escolhas de cada mãe.
Neste contexto, as declarações de Manuela Eanes sobre a amamentação após os dois anos de idade são preocupantes. Ao sugerir que a amamentação prolongada é um motivo para a intervenção de uma CPCJ, a dirigente da Segurança Social está a colocar em causa o direito das mães de decidirem o que é melhor para os seus filhos. Além disso, é importante lembrar que a amamentação é um ato natural e que a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda a amamentação até aos dois anos ou mais.
O PS, através do deputado Tiago Barbosa Ribeiro, questionou a tutela sobre se concorda com estas declarações e se considera que a intervenção de uma CPCJ é a melhor forma de abordar a amamentação prolongada. É necessário que a tutela esclareça qual é a sua posição sobre este assunto e que medidas estão a ser tomadas para proteger o direito das mães de amamentar os seus filhos pelo tempo que considerarem adequado.
É importante lembrar que a amamentação prolongada traz inúmeros benefícios para a saúde da criança. Além de fornecer todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento, o leite materno também contém anticorpos que protegem a criança de doenças. Além disso, a amamentação prolongada fortalece o vínculo entre mãe e filho, promove o desenvolvimento emocional e reduz o risco de obesidade e outras doenças crónicas.
É fundamental que a sociedade e as autoridades compreendam que a amamentação prolongada é uma escolha pessoal e que deve ser respeitada. Cada mãe sabe o que é melhor para o seu filho e deve ser apoiada na sua decisão. Não cabe a ninguém julgar ou interferir na relação entre mãe e filho.
É também importante destacar que a amamentação prolongada não é exclusiva de uma classe social ou de um determinado contexto cultural. Em muitas culturas, a amamentação é vista como um ato natural e é comum que as mães amamentem os seus filhos até aos três ou quatro anos de idade. É necessário que haja uma maior sensibilização e educação sobre este assunto, para que a amamentação seja vista como algo normal e não como um motivo para intervenção de uma CPCJ.
Em vez de criticar ou julgar, é necessário que haja mais apoio e respeito pelas mães que escolhem amamentar os seus filhos por um período mais longo. É importante que a sociedade e as autoridades promovam a amamentação e criem condições favoráveis para que as mães possam amamentar em público sem serem alvo de olhares desaprovadores ou comentários negativos.
Em suma, é preocupante que a dirigente da