No dia 31 de agosto de 2021, o diretor de Regulação do Banco Central (BC), Gilneu Vivan, afirmou que uma possível mudança no sistema de crédito imobiliário será feita de forma gradual e poderá contar com uma transição de pelo menos dez anos. Essa declaração foi dada durante a live “Cenários para o Mercado Imobiliário”, organizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
A fala de Gilneu Vivan vem em um momento onde se discute a possibilidade de liberação do compulsório, que é a quantidade de recursos que as instituições financeiras são obrigadas a manter depositadas no Banco Central. Essa medida, segundo ele, não resolve a questão do crédito imobiliário no país.
O diretor do BC defende que mudanças mais profundas no sistema são necessárias para impulsionar o crédito imobiliário. Entre elas, está a facilitação do processo de alienação fiduciária, que é quando o imóvel é dado como garantia para o pagamento de um empréstimo. Atualmente, esse processo é burocrático e, muitas vezes, desestimula a tomada de crédito.
Além disso, Vivan também mencionou a importância de criar mecanismos que permitam a securitização de recebíveis imobiliários. Isso significa que as instituições financeiras poderão transformar esses recebíveis em títulos negociáveis, atraindo mais investidores para o setor imobiliário.
Segundo o diretor do BC, essas mudanças não devem ser feitas de forma abrupta, mas sim de maneira gradual e com a participação de todos os envolvidos no mercado imobiliário. Ele acredita que é preciso haver um planejamento bem estruturado para que essas alterações sejam implementadas de forma eficiente e sustentável.
Essa posição do Banco Central é importante para dar mais segurança e confiança ao mercado imobiliário. Com uma transição de pelo menos dez anos, as instituições financeiras terão tempo para se adaptar às mudanças e para que o setor imobiliário possa se preparar para as possíveis novidades.
Além disso, essa postura mais cautelosa mostra que o BC está ciente dos desafios e impactos que uma mudança no sistema de crédito imobiliário pode trazer. Isso demonstra uma preocupação em manter a estabilidade e o equilíbrio do mercado, evitando choques e instabilidades que possam prejudicar a economia.
Vale ressaltar que o crédito imobiliário tem um papel fundamental no desenvolvimento do país. Além de ser uma importante ferramenta para a realização do sonho da casa própria, ele também é um motor para a economia, impulsionando o setor da construção civil e gerando emprego e renda.
Portanto, é preciso que todas as partes envolvidas, não apenas o BC, trabalhem juntas para encontrar soluções que tornem o crédito imobiliário mais acessível e atrativo para os brasileiros. As mudanças propostas pelo diretor do BC são um passo importante nesse sentido, mas ainda há muito a ser feito.
É necessário também um diálogo entre os setores público e privado para debater sobre outras medidas que possam impulsionar o mercado imobiliário, como a redução de taxas e a criação de programas de incentivo à compra de imóveis.
A liberação do compulsório é uma ideia que ainda está sendo discutida e não há garantias de que será adotada. Mas o que é certo é que o Banco Central está disposto a trabalhar em conjunto com o mercado imobiliário para melhorar o sistema de crédito e torná-lo mais eficiente e acessível para todos.
Por fim, é importante ressaltar que mesmo com as incertezas e possíveis mudan