Resultados estimulam novos estudos sobre o uso de cães em tratamentos psiquiátricos
Os cães são conhecidos como os melhores amigos do homem, mas além de serem excelentes companheiros, eles também podem ser grandes aliados no tratamento de doenças psiquiátricas. Estudos recentes têm mostrado resultados promissores no uso de cães como co-terapeutas em sessões de terapia, e agora, com o avanço da tecnologia, os biomarcadores estão sendo utilizados para aprofundar ainda mais a eficiência dessa abordagem.
Os cães são animais extremamente sensíveis e intuitivos, capazes de perceber e responder às emoções humanas. Essa habilidade natural dos cães tem sido explorada em terapias assistidas por animais, onde eles são treinados para auxiliar no tratamento de diversas condições, incluindo transtornos psiquiátricos.
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de São Paulo (UNESP) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), mostrou que a presença de cães durante sessões de terapia pode reduzir significativamente os níveis de ansiedade e estresse em pacientes com transtornos de ansiedade e depressão. Os resultados foram tão positivos que estimularam novas pesquisas sobre o uso de biomarcadores para aprofundar a eficácia dessa abordagem.
Os biomarcadores são substâncias ou sinais biológicos que podem ser medidos e indicam a presença ou progressão de uma doença. No caso dos cães em terapias psiquiátricas, os biomarcadores são utilizados para analisar as mudanças fisiológicas e comportamentais dos pacientes durante as sessões de terapia. Isso permite uma avaliação mais precisa da eficácia do tratamento e ajuda a identificar quais pacientes podem se beneficiar mais dessa abordagem.
Um estudo publicado na revista científica Frontiers in Psychology mostrou que a presença de cães durante sessões de terapia pode aumentar a produção de oxitocina, conhecido como o “hormônio do amor”, em pacientes com transtornos de ansiedade. A oxitocina é responsável por promover sentimentos de confiança, empatia e conexão social, o que pode ser extremamente benéfico para pacientes com transtornos psiquiátricos.
Além disso, os cães também podem ajudar a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, em pacientes com transtornos de ansiedade e depressão. Um estudo realizado pela Universidade de Washington mostrou que a interação com cães pode reduzir os níveis de cortisol em até 25%, o que pode ter um impacto significativo no tratamento dessas condições.
Outro benefício do uso de cães em terapias psiquiátricas é a melhora na comunicação e na expressão emocional dos pacientes. Muitas vezes, pacientes com transtornos psiquiátricos têm dificuldade em se abrir e se comunicar com seus terapeutas, mas a presença de um cão pode ajudar a criar um ambiente mais acolhedor e confortável, facilitando a comunicação e a expressão de emoções.
Além disso, os cães também podem ajudar a melhorar a autoestima e a autoconfiança dos pacientes. Muitas vezes, pessoas com transtornos psiquiátricos podem se sentir isoladas e com baixa autoestima, mas a interação com cães pode ajudar a promover sentimentos de amor, aceitação e pertencimento, o que pode ser extremamente benéfico para a saúde mental.
Com todos esses benefícios, não é de se surpreender que cada