Perfil de publicitária virou alvo de ataques misóginos
Nos últimos anos, temos visto um aumento significativo no número de mulheres que ocupam cargos de destaque no mercado de trabalho. Na área da publicidade, não é diferente. Cada vez mais, vemos mulheres assumindo posições de liderança e se destacando em suas carreiras. No entanto, infelizmente, esse avanço não vem sem desafios. Um desses desafios é o fato de que, muitas vezes, essas mulheres são alvo de ataques misóginos.
O termo misoginia se refere ao ódio ou aversão às mulheres, e infelizmente, ainda é uma realidade presente em nossa sociedade. E no mundo da publicidade, não é diferente. Mulheres que ocupam cargos de destaque, como diretoras de criação, redatoras e planejadoras estratégicas, muitas vezes são alvo de comentários e comportamentos misóginos por parte de colegas de trabalho, clientes e até mesmo do público em geral.
Um exemplo recente disso foi o caso da publicitária brasileira, Juliana Constantino. Em 2019, ela foi alvo de ataques misóginos após ser anunciada como a nova diretora de criação da agência Africa. Em uma postagem nas redes sociais, Juliana foi chamada de “feia” e “gorda” por um colega de profissão. Além disso, ela também recebeu mensagens de teor sexual e ameaças de estupro. O caso ganhou repercussão e gerou uma grande discussão sobre o machismo presente no mercado publicitário.
Infelizmente, esse não é um caso isolado. Muitas outras mulheres na publicidade já foram alvo de ataques misóginos, seja por sua aparência física, por sua forma de se vestir ou por sua atuação profissional. E esses ataques não se limitam apenas ao ambiente de trabalho, mas também se estendem para as redes sociais, onde as mulheres são constantemente julgadas e criticadas de forma desrespeitosa.
Mas por que isso acontece? Por que mulheres que ocupam cargos de destaque na publicidade são alvo de ataques misóginos? A resposta pode estar no fato de que, infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade machista, onde a presença feminina em espaços tradicionalmente ocupados por homens é vista como uma ameaça. Além disso, a publicidade, assim como outras áreas, ainda é dominada por homens, o que pode gerar uma resistência à presença e ao sucesso das mulheres.
No entanto, é importante ressaltar que esses ataques não são apenas prejudiciais para as mulheres que os recebem, mas também para toda a sociedade. Afinal, a publicidade é uma ferramenta poderosa de comunicação e tem o poder de influenciar a forma como as pessoas enxergam o mundo. Quando mulheres são alvo de ataques misóginos, isso reflete uma sociedade que ainda não aceita a igualdade de gênero e que perpetua estereótipos e preconceitos.
Felizmente, muitas mulheres na publicidade estão se unindo para combater essa realidade. Movimentos como o #MeuPrimeiroAssédio e o #MeuAmigoSecreto têm dado voz às mulheres que sofrem com o machismo no ambiente de trabalho. Além disso, agências e empresas do setor estão adotando medidas para combater o assédio e a discriminação de gênero, como a criação de códigos de conduta e a promoção de debates e treinamentos sobre o tema.
É importante lembrar que a igualdade de gênero não é uma questão apenas das mulheres, mas de toda a sociedade. É preciso que homens e mulheres se unam para combater o machismo e promover um ambiente de trabalho mais igualitário e respe