O avanço da medicina e da ciência tem possibilitado o controle e a erradicação de diversas doenças ao longo dos anos. No entanto, mesmo com todo o progresso, ainda é possível observar o retorno de algumas doenças antes consideradas erradicadas. Isso pode ser explicado pela falta de atualização do cartão vacinal, especialmente na fase adulta.
Muitas pessoas acreditam que após a infância, não é mais necessário atualizar as vacinas. No entanto, essa é uma ideia equivocada que pode trazer consequências graves para a saúde. Isso porque, ao longo da vida, nosso sistema imunológico pode sofrer alterações e algumas vacinas precisam ser reforçadas para garantir sua eficácia.
Um exemplo recente dessa situação é o retorno do sarampo em diversos países, incluindo o Brasil. Essa doença, que havia sido erradicada no país em 2016, voltou a ser uma preocupação devido à baixa cobertura vacinal. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, apenas 84% das crianças brasileiras receberam a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. Esse número está abaixo da meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 95%.
Além do sarampo, outras doenças também podem retornar caso a população não esteja devidamente imunizada. A poliomielite, por exemplo, é uma doença que pode causar paralisia e até mesmo levar à morte. No Brasil, graças às campanhas de vacinação, a doença foi eliminada em 1994. No entanto, em 2018, o país registrou um surto de poliomielite, o que reforça a importância da atualização do cartão vacinal.
É importante destacar que a vacinação é uma medida de proteção não apenas individual, mas também coletiva. Quando uma parcela significativa da população está imunizada, é criada uma barreira que impede a circulação do vírus ou bactéria causadores da doença. Isso garante a proteção até mesmo para aquelas pessoas que não podem ser vacinadas por algum motivo, como alergias ou doenças crônicas.
Além disso, a atualização do cartão vacinal também pode evitar quadros graves, hospitalizações e até mesmo óbitos. Isso porque, ao receber as vacinas recomendadas, o organismo cria uma memória imunológica que ajuda a combater o agente causador da doença de forma mais eficaz. Assim, mesmo que a pessoa entre em contato com o vírus ou bactéria, ela estará protegida e poderá enfrentar a infecção de forma mais branda.
É importante ressaltar que a vacinação é um direito garantido a todos pela Constituição Brasileira. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente todas as vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Portanto, é fundamental que a população esteja atenta às campanhas de vacinação e busque atualizar seu cartão vacinal sempre que necessário.
Outro ponto importante é a conscientização sobre a importância da vacinação. Infelizmente, ainda existem muitas fake news e informações falsas circulando na internet que podem influenciar as pessoas a não se vacinarem. É preciso estar atento e buscar fontes confiáveis de informação, como o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações, para garantir a segurança e a eficácia da vacinação.
Em resumo, o retorno de doenças antes erradicadas é um alerta para a importância da atualização do cartão vacinal, mesmo após a infância. A vacinação é uma