A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,5% no trimestre móvel encerrado em novembro, uma queda de 0,2 ponto percentual ante os três meses anteriores. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado ficou dentro do esperado por economistas, que previam uma taxa de desocupação de exatamente 7,5%, segundo consenso da LSEG.
Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,1%. No trimestre encerrado em agosto de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,8%.
O número de desempregados caiu para 8,2 milhões, o menor contingente desde o trimestre terminado em abril de 2015. São 539 mil pessoas a menos em busca de emprego no país no ano (-6,2%).
A população ocupada atingiu 100,5 milhões, novo recorde da série histórica, crescendo 0,9% no trimestre (mais 853 mil pessoas) e 0,8% (mais 815 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,4%, variando 0,4 p.p. na comparação trimestral (57,0%) e mantendo-se estável no ano.
Com e sem carteira
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,7 milhões, com alta de 1,4% (mais 515 mil) no trimestre e de 2,5% (mais 935 mil) no ano. Foi o segundo maior contingente desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, atrás apenas de junho de 2014 (37,8 milhões).
Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado foi o maior da série, apesar de ficar estável no trimestre e no ano. Esse contingente representava, no trimestre até novembro, 13,4 milhões de pessoas, quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
Já o número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ ficou estável frente ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas).
Desalentados
A população fora da força de trabalho caiu 5,5% ante o trimestre anterior, o que representa 196 mil pessoas a menos, e 16,9% (menos 687 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em agosto de 2016 (3,3 milhões).
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,0%) variou -0,2 p.p. no trimestre e recuou 0,6 p.p. no ano. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%).
Em relação aos grupamentos de atividades investigados pela pesquisa, houve aumento no contingente de trabalhadores dos setores de Indústria Geral (2,9%, ou mais 369 mil pessoas) e Construção (2,8%, ou mais 199 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Rendimento
O rendimento médio real foi estimado em R$ 3.034, um aumento de 2,3% em relação ao trimestre encerrado em agosto. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 3,8%.
A massa de rendimento também cresceu nas duas comparações e chegou a R$ 300,2 bilhões, novamente atingindo um recorde na série histórica da pesquisa. Frente ao trimestre anterior, o aumento foi de 3,2%.
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