A pouco mais de uma semana do Congresso do PS, Pedro Nuno Santos começa a arrumar a casa e esta sexta-feira fez saber que irá manter Carlos César como presidente do PS, que aceitou o convite.
Segundo o gabinete de imprensa do líder socialista, a candidatura de César será “ao que tudo indica, consensual”, ou seja, que não terá outro nome concorrente ao lugar.
Carlos César trata-se de um dos conselheiros mais próximos do primeiro-ministro António Costa e faz mesmo parte da coordenação política do Governo, fazendo assim a transição entre as duas lideranças do PS.
Pedro Nuno Santos tem uma relação próxima com César e já tinha sido questionado por diversas vezes se ia manter o atual presidente do partido, mantendo sempre a questão em aberto.
Há algumas semanas, durante a campanha interna para a liderança do PS, Pedro Nuno Santos foi questionado no programa Hora da Verdade da Renascença e do jornal Público, o que ia fazer com uma personalidade como César, mas na altura o candidato não respondeu diretamente,
Ainda assim, Pedro Nuno não escondeu a admiração por Carlos César referindo que “é uma das maiores referências políticas do PS” e que “será no partido aquilo que bem entender, tem estatuto para isso”.
Nessa entrevista, o então candidato a líder do PS referiu o respeito “imenso” que tem por César e acrescentava que se trata “dos quadros com maior currículo político, com resultados e, por isso, connosco também será aquilo que bem entender”.
De registar que o diretor da campanha interna para a liderança de Pedro Nuno Santos foi Francisco César, filho de Carlos César, que irá agora dedicar-se à campanha para as eleições legislativas do PS nos Açores.
Pedro Nuno Santos tem dito que se trata de um “herdeiro” da liderança de António Costa e que pretende uma continuidade com o anterior secretário-geral do PS. Nessa linha mantém César na presidência do partido e escolheu o atual secretário-geral adjunto do PS, João Torres, como diretor de campanha para as legislativas de março.
O Congresso do PS está marcado para 5, 6 e 7 de janeiro na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, em Lisboa. Foi também na FIL que se realizou em 2014 o Congresso de consagração da liderança de António Costa, após as eleições primárias contra António José Seguro.