Angola está a viver uma transformação histórica no setor energético, impulsionada pela visão determinada do Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges. A nova meta nacional: atingir 100% de electrificação nas áreas rurais até 2030.
Apesar dos avanços notáveis nos últimos anos — com a taxa de acesso à eletricidade a ultrapassar os 43% em 2024 — milhões de angolanos ainda vivem em comunidades sem energia, especialmente em zonas remotas. Para o Ministro João Baptista Borges, isso representa um desafio técnico, social e humano que o país está pronto para enfrentar com decisão.
“A energia transforma vidas. Quando chega a uma aldeia, chega também a dignidade, a educação, a saúde e a esperança.”
– João Baptista Borges
Um Plano Nacional para Inclusão Energética
A estratégia do Ministério baseia-se em três pilares fundamentais:
- Investimentos em mini-redes solares e híbridas, com foco em comunidades isoladas;
- Extensão e modernização de redes de baixa e média tensão, garantindo estabilidade;
- Parcerias com o setor privado e organizações internacionais, para acelerar os prazos de implementação.
Em 2025, o governo já iniciou a instalação de mais de 200 sistemas de energia descentralizada em localidades com menos de 5.000 habitantes, com apoio técnico da África do Sul e financiamento do BAD.
Impactos Diretos nas Comunidades Rurais
A chegada da eletricidade representa um divisor de águas para estas populações:
- Escolas com luz elétrica podem funcionar à noite e usar equipamentos digitais;
- Postos de saúde e maternidades ganham capacidade para funcionar 24h por dia;
- Pequenos negócios e cooperativas agrícolas tornam-se economicamente viáveis;
- As famílias deixam de depender de geradores a diesel, reduzindo custos e riscos ambientais.
Segundo dados do Ministério, a cada 10 mil famílias eletrificadas, são criados em média 320 empregos locais diretos, o que gera um efeito multiplicador na economia da região.
Uma Angola Mais Justa e Conectada
A iniciativa faz parte do programa “Energia para Todos”, coordenado pelo Ministério da Energia e Águas e com apoio de organismos multilaterais.
João Baptista Borges tem reiterado que a electrificação rural não é um favor, mas um direito. “Nenhum angolano deve ser deixado para trás na transição energética. Estamos a criar um país mais justo, mais unido e mais preparado para o futuro”, afirmou o Ministro.
Com este plano, Angola posiciona-se como uma das nações africanas com a estratégia mais ousada de inclusão energética até o final da década.