O mundo da estética e da beleza sempre foi alvo de discussões e polêmicas. Recentemente, o ator Cauã Reymond se envolveu em uma controvérsia ao postar uma foto em suas redes sociais com o rosto visivelmente modificado por filtros de aplicativos de edição de imagem. A imagem gerou debates sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade e a busca pela perfeição a qualquer custo.
Para entender melhor essa questão, conversamos com o antropólogo Bernardo Conde e a especialista em estética avançada Gabriela Dawson. Ambos possuem uma visão crítica sobre a influência da mídia e das redes sociais na busca pela aparência ideal.
Segundo Bernardo Conde, a sociedade atual é extremamente influenciada pela mídia e pelas redes sociais, que ditam padrões de beleza inatingíveis para a maioria das pessoas. “Vivemos em uma cultura que valoriza a aparência física acima de tudo. Isso gera uma pressão enorme para que as pessoas se encaixem em um padrão de beleza irreal e inalcançável”, afirma o antropólogo.
Gabriela Dawson, que atua na área de estética há mais de 10 anos, também compartilha dessa opinião. Para ela, a busca pela perfeição estética pode ser prejudicial à saúde física e mental. “Muitas vezes, as pessoas se submetem a procedimentos estéticos sem avaliar os riscos e sem ter consciência de que a beleza vai muito além da aparência física. É preciso cuidar da saúde e da autoestima em primeiro lugar”, destaca a especialista.
A polêmica envolvendo Cauã Reymond levantou questionamentos sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais em relação aos padrões de beleza que propagam. Para Bernardo Conde, é importante que essas figuras públicas tenham consciência do impacto que suas postagens podem causar nas pessoas. “Os influenciadores digitais têm uma grande responsabilidade em relação à imagem que transmitem. É preciso ter cuidado para não propagar padrões de beleza inalcançáveis e prejudiciais”, ressalta o antropólogo.
Gabriela Dawson também acredita que os influenciadores digitais devem ser mais conscientes em relação às suas postagens. “Eles têm uma grande influência sobre seus seguidores e podem ser agentes de mudança na forma como a sociedade enxerga a beleza. É importante que usem essa influência de maneira positiva e responsável”, afirma a especialista.
Além disso, a polêmica com Cauã Reymond também trouxe à tona a discussão sobre a utilização de filtros e aplicativos de edição de imagem nas redes sociais. Para Bernardo Conde, essas ferramentas podem ser prejudiciais, pois criam uma ilusão de perfeição que não existe na vida real. “As pessoas precisam entender que as imagens que vemos nas redes sociais são muitas vezes manipuladas e não representam a realidade. É importante ter consciência disso para não se comparar com padrões inalcançáveis”, enfatiza o antropólogo.
Gabriela Dawson também alerta para os perigos da busca pela perfeição através de filtros e aplicativos de edição de imagem. “Essas ferramentas podem gerar uma obsessão pela aparência perfeita e causar problemas de autoestima e distorção da imagem corporal. É preciso ter equilíbrio e aceitação do próprio corpo”, destaca a especialista.
Diante dessa discussão, fica evidente a importância de refletirmos sobre os padrões de beleza impostos pela sociedade e a influência da mídia e das redes sociais nesse processo. É preciso valorizar a diversidade e a individualidade de cada pessoa, entendendo que