O mercado financeiro vem passando por um período de incertezas e volatilidade nos últimos meses, com a pandemia do novo coronavírus afetando a economia global. No Brasil, a situação não é diferente e a instabilidade política também tem contribuído para um cenário de cautela entre os investidores. No entanto, algumas casas de gestão têm mostrado otimismo em relação ao futuro da economia brasileira, apostando em um real valorizado e em uma possível redução na taxa básica de juros, a Selic.
Segundo essas gestoras, o consenso entre os analistas é de que o real está subvalorizado em relação ao dólar e que a moeda brasileira deve se valorizar nos próximos meses. Essa valorização seria impulsionada pela melhora nos indicadores econômicos do país, como a inflação controlada e o crescimento da atividade econômica. Além disso, a expectativa de uma recuperação mais rápida da economia brasileira em relação a outros países também é um fator que pode contribuir para a valorização do real.
Outro fator que tem sido levado em consideração pelas gestoras é a possibilidade de o Banco Central (BC) não elevar a Selic para o patamar de 15%, como é precificado atualmente pelo mercado. A Selic é a taxa básica de juros da economia e sua elevação tem como objetivo controlar a inflação. No entanto, com a inflação sob controle, o BC pode optar por manter a taxa em um nível mais baixo, o que seria positivo para a economia como um todo.
Essa possibilidade de a Selic não chegar a 15% tem sido vista com bons olhos pelos gestores, que acreditam que um aumento menor na taxa de juros seria mais benéfico para a recuperação econômica do país. Isso porque uma Selic mais alta pode desestimular o consumo e o investimento, prejudicando a retomada da atividade econômica.
Além disso, as gestoras também apostam em um possível “tarifaço” por parte do governo, ou seja, um aumento de impostos para equilibrar as contas públicas. No entanto, elas acreditam que esse ajuste fiscal não será tão forte quanto o mercado tem precificado, o que também contribuiria para uma menor pressão na taxa de juros.
Diante desse cenário, as gestoras têm se posicionado de forma mais otimista em relação à economia brasileira. Elas acreditam que, com a valorização do real e uma Selic mais baixa, o país pode atrair mais investimentos estrangeiros e impulsionar o crescimento econômico. Além disso, uma taxa de juros mais baixa também pode beneficiar os investidores, já que os rendimentos de aplicações de renda fixa tendem a ser menores em um cenário de Selic elevada.
No entanto, é importante ressaltar que essas são apenas previsões e que o mercado financeiro é imprevisível. Por isso, é essencial que os investidores mantenham uma postura cautelosa e diversifiquem suas carteiras de investimento, buscando orientação de profissionais qualificados.
Em resumo, as gestoras têm mostrado consenso em relação a um real valorizado e a uma Selic mais baixa do que é precificado pelo mercado. Essa perspectiva mais otimista pode trazer benefícios para a economia brasileira e para os investidores, mas é importante lembrar que as previsões podem mudar a qualquer momento. Por isso, é fundamental acompanhar de perto o mercado e contar com a ajuda de especialistas na hora de tomar decisões de investimento.