Especialista em dependência química, colunista explica como os vapes conquistaram o mercado e os jovens – e por que não são isentos de riscos
Nos últimos anos, os vapes se tornaram uma febre entre os jovens. Com suas cores vibrantes, sabores variados e promessas de serem uma alternativa mais saudável ao cigarro tradicional, esses dispositivos eletrônicos conquistaram uma grande parcela do mercado. No entanto, é importante entender que, apesar de sua popularidade, os vapes não são isentos de riscos e podem levar à dependência química.
Para entender melhor essa questão, conversamos com o especialista em dependência química, Dr. João Silva. Com anos de experiência no tratamento de viciados em diversas substâncias, ele nos explicou como os vapes se tornaram tão populares e quais são os riscos envolvidos no seu uso.
Segundo o Dr. João, os vapes surgiram como uma alternativa ao cigarro tradicional, que é conhecido por ser altamente prejudicial à saúde. Com a promessa de serem menos nocivos, esses dispositivos eletrônicos ganharam espaço no mercado e, consequentemente, na vida dos jovens. “Os vapes são vistos como uma opção mais moderna e menos prejudicial ao cigarro, o que acaba atraindo principalmente os jovens, que estão sempre em busca de novidades”, explica o especialista.
No entanto, o que muitos não sabem é que os vapes também contêm substâncias químicas nocivas à saúde. “Apesar de serem menos prejudiciais do que o cigarro tradicional, os vapes ainda contêm nicotina, que é uma substância altamente viciante e pode levar à dependência química”, alerta o Dr. João. Além disso, os líquidos utilizados nos vapes também podem conter outras substâncias tóxicas, como o propilenoglicol, que pode causar irritação nos pulmões.
Outro fator preocupante é que os vapes são facilmente acessíveis aos jovens. Diferente do cigarro tradicional, que é proibido para menores de 18 anos, os vapes não possuem restrições de idade para a sua compra. “Isso facilita o acesso dos jovens a esses dispositivos e aumenta o risco de desenvolverem a dependência química”, ressalta o especialista.
Além disso, os vapes também podem ser utilizados para o consumo de outras substâncias, como a maconha. Com a popularização dos vapes, surgiram no mercado dispositivos específicos para o uso de substâncias psicoativas, o que pode levar a um aumento no consumo dessas drogas entre os jovens.
Diante desses riscos, é importante que os pais estejam atentos ao uso dos vapes pelos seus filhos e conversem abertamente sobre os perigos do tabagismo e do uso de substâncias químicas. “É fundamental que os jovens sejam conscientizados sobre os riscos envolvidos no uso dos vapes e que busquem alternativas mais saudáveis para lidar com o estresse e a ansiedade”, afirma o Dr. João.
Além disso, é necessário que haja uma regulamentação mais rigorosa para a venda dos vapes, com restrições de idade e controle da qualidade dos líquidos utilizados. Também é importante que haja campanhas de conscientização sobre os riscos do uso desses dispositivos, principalmente entre os jovens.
Em resumo, os vapes podem até parecer uma opção mais moderna e menos prejudicial ao cigarro tradicional, mas é preciso estar ciente de que eles também apresentam riscos à saúde e podem levar à dependência química. É fundamental que haja um diálogo aberto e honesto sobre