Flávio Serrano, economista-chefe do BMG, acredita que o efeito forte da alta de juros ainda será sentido nos próximos meses. Em entrevista para o InfoMoney, ele aponta que o ciclo de alta monetário está próximo do final e traz perspectivas positivas para a economia brasileira.
Com a taxa Selic atingindo seu maior patamar desde 2015, em 6,50%, o mercado financeiro está atento às próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O aumento da taxa básica de juros tem como objetivo controlar a inflação e garantir a estabilidade da economia, mas também pode impactar a atividade econômica e o consumo.
Para Serrano, o atual cenário de alta dos juros é necessário, mas o efeito dessa medida pode demorar a ser sentido. Ele explica que os efeitos se dão em fases: primeiro, as expectativas de inflação são impactadas, depois a atividade econômica e, por fim, o consumo. Por isso, é possível que o aumento dos juros ainda não tenha efeito no comportamento dos consumidores.
No entanto, o economista-chefe do BMG crê que o ciclo de alta monetário está próximo ao seu fim. Ele afirma que, com a inflação sob controle e a atividade econômica em recuperação gradual, não há mais necessidade de continuar aumentando os juros. Para ele, a Selic deve se manter em torno de 6,50% até o final do ano.
Ainda segundo Serrano, a economia brasileira apresenta sinais de recuperação, com a inflação controlada, a queda nos juros de longo prazo e a retomada do crescimento. As reformas propostas pelo governo, como a da Previdência, também contribuem para um cenário mais positivo e atraente para investidores.
Serrano ressalta que a alta dos juros pode ser um fator positivo para o mercado de crédito, uma vez que os bancos oferecem maiores remunerações em aplicações financeiras, o que estimula a concorrência e pode resultar em melhores condições para os consumidores. Além disso, a redução da taxa de juros de longo prazo também pode impulsionar o mercado imobiliário, tornando o financiamento da casa própria mais acessível.
O economista-chefe do BMG destaca ainda que, apesar dos desafios políticos e econômicos enfrentados pelo país, há boas perspectivas para o futuro. Ele acredita que o Brasil possui estruturas sólidas e capacidade de se recuperar e avançar, principalmente com a retomada do crescimento econômico e a realização de reformas que garantam a sustentabilidade fiscal.
Com essas projeções positivas, Serrano reforça a importância de manter a confiança e o otimismo em relação à economia brasileira. Ele acredita que, apesar dos obstáculos, o país tem potencial para superá-los e se desenvolver ainda mais.
Em resumo, o economista-chefe do BMG, Flávio Serrano, acredita que o efeito forte da alta de juros ainda será sentido, mas que o ciclo de alta monetário está próximo do final. Ele vê com otimismo a recuperação da economia brasileira e destaca que a alta dos juros pode trazer benefícios para o mercado de crédito e imobiliário. Por fim, ele reitera a importância de manter o otimismo e a confiança no potencial de crescimento do país.