Recentemente, um candidato à presidência propôs uma medida que tem gerado bastante discussão entre os políticos e a sociedade civil. Trata-se da criação de comissões de ética, lideradas por senadores, dentro dos partidos políticos. De acordo com o candidato, essa medida é uma forma de garantir maior transparência e moralidade dentro das legendas, além de fortalecer a imagem dessas instituições diante da população.
A proposta do candidato foi inspirada nas comissões disciplinares e financeiras que já existem nos partidos, porém com a função específica de fiscalizar o cumprimento de ética por parte dos seus membros. Segundo ele, é importante que os partidos tenham um órgão encarregado de monitorar a conduta de seus filiados, pois isso reflete diretamente na imagem da legenda e, consequentemente, na credibilidade da política como um todo.
Atualmente, as comissões disciplinares e financeiras têm como objetivo principal responsabilizar os filiados que desrespeitam regras internas ou cometem irregularidades financeiras. No entanto, a ética é um tema que muitas vezes é negligenciado nesses órgãos, ficando a cargo de instâncias externas, como o Ministério Público, investigar e punir casos de corrupção. Com a criação das comissões de ética, os partidos teriam uma ferramenta mais efetiva para lidar com questões de comportamento e conduta de seus membros.
É inegável que o cenário político atual é marcado por escândalos de corrupção e condutas antiéticas. A falta de punição e a impunidade endêmica contribuem para a perpetuação dessas práticas dentro dos partidos. Assim, é fundamental que as legendas assumam a responsabilidade de coibir esses comportamentos, adotando medidas que estimulem a ética e a transparência entre seus filiados. Nesse sentido, as comissões de ética podem ser uma ferramenta poderosa para promover uma mudança de cultura dentro das instituições políticas.
Além da questão ética, as comissões também teriam a função de orientar os filiados sobre as normas e princípios que devem guiar a atuação dos políticos. Muitas vezes, a falta de conhecimento sobre as leis e as regras internas dos partidos pode levar a comportamentos que, mesmo sem intenção, podem ser considerados antiéticos. Com a orientação adequada, é possível evitar situações que gerem desgaste tanto para o político quanto para a legenda.
É importante destacar que a criação das comissões de ética não representa uma intromissão do Estado ou de terceiros no funcionamento dos partidos. Trata-se, na verdade, de uma iniciativa interna que reforça a responsabilidade dos próprios partidos na promoção de um ambiente político mais transparente e ético. A medida também não retira a competência dos órgãos responsáveis por fiscalizar os atos dos políticos, mas sim complementa essa fiscalização, fortalecendo a atuação dos partidos na promoção da ética e da boa conduta política.
No entanto, para que as comissões de ética sejam efetivas, é necessário que sejam compostas por membros íntegros e capacitados. Os integrantes desses órgãos precisam ter autonomia e independência para atuar de forma imparcial e não se deixar influenciar por interesses políticos. Além disso, é preciso que haja uma estrutura adequada para o pleno funcionamento das comissões, com recursos e apoio necessários para desempenhar suas funções de forma eficiente.
Diante do exposto, a proposta do candidato de criar comissões de ética nos partidos é uma medida positiva e necessária para melhor