O líder do partido político Chega, André Ventura, anunciou recentemente que, caso o primeiro-ministro António Costa não forneça explicações adicionais sobre sua empresa familiar, o partido irá solicitar um inquérito parlamentar. Esta declaração foi feita em meio às crescentes preocupações e questionamentos sobre a relação entre a empresa familiar de Costa e seu papel como líder do país.
A empresa em questão é a “Firma Costa & Costa”, fundada pelo pai do primeiro-ministro em 1986. Desde então, a empresa tem sido gerenciada pela esposa de Costa, Fernanda Tadeu, e seus dois filhos. No entanto, a empresa tem sido alvo de críticas e suspeitas de conflitos de interesse desde que Costa assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2015.
O Chega, partido liderado por André Ventura, tem sido um forte crítico do governo de António Costa e tem levantado questões sobre a relação entre a empresa familiar de Costa e sua posição como líder do país. Ventura afirma que o partido já solicitou informações adicionais sobre a empresa através do parlamento, mas não recebeu respostas satisfatórias.
Em declarações à imprensa, Ventura afirmou: “Não podemos permitir que o primeiro-ministro continue a ignorar as preocupações legítimas do povo português. Se ele não fornecer explicações claras e transparentes sobre sua empresa familiar, o Chega irá pedir um inquérito parlamentar para investigar a situação. Os cidadãos têm o direito de saber se há algum conflito de interesse entre a empresa familiar de Costa e suas decisões políticas”.
Esta não é a primeira vez que a empresa familiar de Costa é alvo de questionamentos. Em 2018, o partido CDS-PP também levantou preocupações sobre a ligação entre a empresa e o governo. Na época, o então líder do partido, Assunção Cristas, afirmou que a empresa “estava a ser usada para fins políticos” e pediu uma investigação independente.
No entanto, o governo rejeitou as alegações e afirmou que não havia conflito de interesse entre a empresa familiar e o papel de Costa como primeiro-ministro. Em uma declaração à época, o governo afirmou que “a empresa é gerenciada de forma independente e não tem nenhuma relação com as decisões políticas do primeiro-ministro”.
No entanto, com as recentes declarações de André Ventura, a pressão sobre o primeiro-ministro tem aumentado. O líder do Chega afirma que, se o inquérito parlamentar for aprovado, ele espera que o primeiro-ministro se explique adequadamente e forneça todas as informações necessárias sobre a empresa familiar.
A empresa “Firma Costa & Costa” tem como principal atividade a construção civil e, de acordo com os registros públicos, tem tido um crescimento significativo nos últimos anos. No entanto, os críticos afirmam que a empresa tem se beneficiado de contratos públicos e que isso pode criar uma situação de conflito de interesse para o primeiro-ministro.
Além disso, o Chega também questiona o fato de que a empresa tem recebido apoio financeiro de fundos europeus, levantando a possibilidade de que o dinheiro dos contribuintes esteja sendo usado para beneficiar a empresa familiar do primeiro-ministro.
É importante ressaltar que o Chega não é o único partido político a levantar preocupações sobre a empresa familiar de Costa. Outros partidos, como o PSD e o Bloco de Esquerda, também já manifestaram interesse em investigar a situação.
Com a possibilidade de um inquérito parlamentar, espera-se que o primeiro-ministro se pronuncie sobre o assunto e forneça explicações detalhadas sobre a empresa familiar. Os cidadãos têm o direito de saber se há algum conflito de interesse que possa afetar as decisões políticas do governo.
Em conclusão,