A ex-ministra da Saúde Marta Temido, membro do Partido Socialista (PS), surpreendeu a todos ao confessar que “estremeceu” ao ouvir o anúncio feito pelo primeiro-ministro (PSD) sobre a isenção de taxas moderadoras para as zonas afetadas pelos incêndios. Essa declaração foi feita durante uma reunião do Conselho de Ministros, nesta sexta-feira.
Essa confissão de Marta Temido causou um grande impacto na mídia e na opinião pública, já que a ex-ministra sempre foi uma grande defensora das taxas moderadoras na saúde. No entanto, ela explicou que o motivo de sua reação foi o fato de que as taxas moderadoras já não existem desde 2022, o que torna o anúncio do primeiro-ministro, feito em 2019, sem efeito prático.
Para entender melhor essa situação, é preciso voltar um pouco no tempo. As taxas moderadoras foram criadas em 1990, durante o governo de Cavaco Silva, com o objetivo de reduzir o uso excessivo dos serviços de saúde e aumentar a eficiência do sistema. No entanto, ao longo dos anos, elas foram alvo de muitas críticas, principalmente por prejudicar as pessoas mais vulneráveis e com menor poder aquisitivo.
Foi então que em 2019, durante o governo de António Costa, foi anunciada a isenção de taxas moderadoras para as zonas afetadas pelos incêndios. Essa medida foi vista como um alívio para as famílias que já estavam sofrendo com as consequências dos desastres naturais. No entanto, a declaração de Marta Temido trouxe à tona uma questão importante: a isenção não seria aplicável, já que as taxas moderadoras já não existem desde 2022.
Diante dessa situação, o primeiro-ministro António Costa se pronunciou, afirmando que a isenção de taxas moderadoras não se aplica apenas às zonas afetadas pelos incêndios, mas sim a todo o país. Segundo ele, a medida foi tomada para garantir o acesso à saúde a todos os cidadãos, sem discriminação. Além disso, Costa reforçou que a decisão de acabar com as taxas moderadoras foi tomada em conjunto com a ex-ministra Marta Temido.
Apesar desse impasse, é importante destacar que a isenção de taxas moderadoras é uma grande conquista para a população portuguesa. Isso significa que a saúde passa a ser um direito de todos e não apenas de quem pode pagar. Além disso, a medida também tem um impacto positivo na economia, já que as taxas moderadoras eram um fardo para muitas famílias, principalmente as mais pobres.
Com essa decisão, Portugal se torna um dos poucos países da União Europeia a oferecer um sistema de saúde totalmente gratuito. Isso mostra o compromisso do governo em garantir o bem-estar e a qualidade de vida de seus cidadãos. Além disso, a medida também é uma forma de valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais de saúde, que muitas vezes precisam lidar com a burocracia e a falta de recursos para atender a população.
É importante ressaltar que a saúde é um direito fundamental e deve ser tratada como tal. A isenção de taxas moderadoras é um passo importante para garantir a equidade e a justiça social, além de mostrar que o país está no caminho certo em relação à saúde pública. No entanto, é preciso continuar investindo e melhorando o sistema de saúde, para que todos tenham acesso a um atendimento de qualidade.
Em tempos de crise, como a que estamos vivendo atualmente com a pandemia de COVID-19, a saúde se torna ainda mais essencial. Por