Em Gaza, uma das regiões mais conflituosas do mundo, a morte se tornou uma presença constante na vida dos seus habitantes. Desde 2008, Israel lançou três grandes operações militares na Faixa de Gaza, causando a morte de milhares de palestinos e deixando a região devastada. Mas o mais alarmante é que, para muitos, essa violência se tornou banal, até mesmo incentivada. Mas afinal, quais são os argumentos de Israel que levam os países do Ocidente a pactuar com esses crimes de guerra?
Em primeiro lugar, é preciso entender que o conflito entre Israel e Palestina não é recente. Ele vem se arrastando há décadas e se intensificou após a criação do Estado de Israel, em 1948. Desde então, as duas regiões travam uma batalha pelo controle de territórios e, consequentemente, pelos direitos sobre o povo palestino.
No entanto, a narrativa que tem sido propagada pelos países do Ocidente é a de que Israel está em constante ameaça de ataques terroristas e precisa se defender. Essa imagem de Israel como vítima é reforçada por um forte lobby político e econômico, que tem como objetivo influenciar a opinião pública e as decisões dos governos.
Outro argumento utilizado por Israel é o de que suas ações militares são uma resposta proporcional aos ataques palestinos. No entanto, a realidade é que muitas vezes a resposta é desproporcional e atinge principalmente civis, incluindo mulheres e crianças. Além disso, Israel possui um exército extremamente bem equipado, enquanto que os palestinos enfrentam a violência com recursos precários.
Um dos principais fatores que contribuem para que os países do Ocidente pactuem com esses crimes de guerra é o medo de consequências políticas e econômicas. Israel é um importante aliado dos Estados Unidos e tem forte influência na União Europeia, o que faz com que muitos países evitem críticas contundentes às suas ações. Além disso, empresas ocidentais têm grandes interesses em territórios ocupados por Israel, como os recursos naturais do Mar Morto e a exploração de terras palestinas.
Mas o que poucos sabem é que a ocupação israelense na Palestina é ilegal de acordo com o direito internacional. Desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel tem mantido o controle de territórios palestinos, construindo assentamentos ilegais e impedindo o acesso dos palestinos a recursos básicos, como água e terra. Além disso, a expansão desses assentamentos é uma das principais causas da violência na região, que provoca a indignação e a resistência do povo palestino.
Diante desse cenário, é urgente que os países do Ocidente rompam com a narrativa pró-Israel e se posicionem de forma mais crítica e justa em relação ao conflito. É necessário pressionar Israel a cumprir as leis internacionais e a buscar uma solução pacífica com os palestinos. Além disso, é preciso acabar com o apoio econômico e político que sustenta a ocupação e a violência na região.
A paz no Oriente Médio é um desafio que envolve diversos interesses e questões complexas. No entanto, é inadmissível que a morte continue sendo o mais certo para os palestinos em Gaza. É preciso que o mundo se una em prol da justiça e dos direitos humanos, e que os países do Ocidente sejam os primeiros a dar o exemplo de que a paz é possível quando há respeito e igualdade entre todos os povos.