Nos últimos anos, temos visto um aumento no interesse dos brasileiros em investir em renda fixa, mesmo com as oscilações do mercado financeiro. E os últimos dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) só reforçam essa tendência. Segundo a instituição, o mercado de capitais movimentou um recorde de R$ 152,3 bilhões no primeiro trimestre de 2021, representando um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para os investidores de renda fixa, essa notícia é ainda mais animadora. Isso porque, após anos de baixas taxas de juros, esse tipo de investimento voltou a ser destaque, apresentando uma rentabilidade atrativa e consistente. E não é por acaso que diversas instituições financeiras estão ampliando suas ofertas de produtos de renda fixa, atendendo à demanda crescente dos investidores.
Mas afinal, o que faz da renda fixa um investimento tão atrativo? Primeiramente, é importante entender o que é renda fixa. Trata-se de um tipo de investimento onde o investidor empresta dinheiro para uma instituição (como um banco ou uma empresa), que se compromete a devolver esse valor acrescido de juros em um determinado prazo. Dessa forma, o rendimento é conhecido previamente, o que proporciona mais segurança e previsibilidade ao investidor.
Com a queda da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 2,75% ao ano, os investimentos em renda fixa se tornaram mais atrativos em relação a outras opções, como a poupança. Além disso, esse tipo de investimento conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante o ressarcimento de até R$250 mil por CPF em caso de falência da instituição financeira em que foi realizada a aplicação.
Outro ponto positivo da renda fixa é a variedade de produtos disponíveis. Dentre as opções mais conhecidas, estão os títulos do Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e CDBs (Certificados de Depósito Bancário). Cada um desses investimentos possui características próprias e é importante entender as diferenças entre eles antes de escolher a opção mais adequada ao seu perfil.
No caso dos títulos do Tesouro Direto, por exemplo, é possível investir a partir de R$30,00 e escolher entre diferentes tipos de títulos, como os indexados à taxa Selic, ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou à taxa pré-fixada. Já os LCIs e LCAs são títulos de renda fixa emitidos por bancos para financiar as áreas de imóveis e agronegócio, respectivamente. E os CDBs são títulos emitidos pelos bancos para captar recursos e oferecem opções tanto prefixadas quanto pós-fixadas.
Outro fator que tem contribuído para o crescimento da renda fixa é a facilidade de acesso. Cada vez mais instituições financeiras oferecem a opção de investimento em renda fixa por meio de suas plataformas digitais, o que torna o processo mais ágil e prático para os investidores. Além disso, é possível acompanhar os rendimentos e realizar resgates de forma online, sem a necessidade de deslocamento até uma agência bancária.
É importante ressaltar que, apesar de ser um investimento mais seguro, a renda fixa ainda apresenta riscos, como o de crédito e o de liquidez. Por isso, é fundamental fazer uma diversificação de carteira, mesclando investimentos de diferentes perfis e prazos. Além disso,