Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE), tem sido uma voz ativa na luta por uma sociedade mais justa e igualitária em Portugal. Em uma de suas recentes declarações, ela defendeu que o BE não quer um país onde o povo disputa migalhas, e sim um país onde os ricos são taxados de forma justa. Essa afirmação gerou um grande debate na sociedade portuguesa e trouxe à tona a discussão sobre a desigualdade social e a necessidade de medidas mais efetivas para combatê-la.
A questão da desigualdade social não é algo novo em Portugal, mas tem se agravado nos últimos anos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o país possui uma das maiores taxas de desigualdade da Europa, com uma diferença significativa entre os rendimentos dos mais ricos e dos mais pobres. Além disso, a crise econômica e a pandemia de COVID-19 aprofundaram ainda mais essa desigualdade, deixando milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade e pobreza.
Nesse contexto, Mariana Mortágua defende que é necessário taxar os ricos para que haja uma distribuição mais justa de renda e recursos. Segundo ela, não é justo que uma pequena parcela da população detenha a maior parte da riqueza do país, enquanto a maioria luta para sobreviver com salários baixos e condições precárias. Para a deputada, é preciso que os mais privilegiados contribuam de forma mais significativa para a sociedade, através de uma tributação mais justa e progressiva.
Essa posição do BE tem gerado críticas por parte de alguns setores da sociedade, que alegam que taxar os ricos seria uma forma de punir o sucesso e a meritocracia. No entanto, Mariana Mortágua e o partido defendem que a tributação justa não é uma forma de punição, mas sim uma forma de garantir que todos contribuam de acordo com sua capacidade financeira. Além disso, a deputada ressalta que a desigualdade social não é resultado apenas de mérito individual, mas também de um sistema econômico e político que favorece os mais ricos em detrimento dos mais pobres.
Outro ponto importante levantado por Mariana Mortágua é a necessidade de investimentos em políticas sociais para combater a desigualdade. Segundo ela, é preciso que o Estado assuma um papel mais ativo na promoção da igualdade, através de medidas como a criação de empregos, o aumento do salário mínimo e a garantia de acesso a serviços básicos de qualidade para todos. Para isso, é necessário que haja recursos suficientes, e a taxação dos mais ricos seria uma forma de garantir esses recursos.
Além disso, a deputada também defende que a tributação dos mais ricos pode ser uma forma de combater a corrupção e a evasão fiscal. Muitas vezes, os mais ricos utilizam de mecanismos legais e ilegais para sonegar impostos e aumentar ainda mais sua riqueza, enquanto a maioria da população arca com o peso dos impostos. Com uma tributação mais justa e efetiva, seria possível reduzir essas práticas e garantir que todos contribuam de forma igualitária para a sociedade.
É importante ressaltar que a proposta de taxação dos ricos do BE não é uma medida isolada, mas sim parte de um conjunto de políticas que visam promover a justiça social e a igualdade. Além disso, essa medida não seria uma forma de resolver todos os problemas sociais do país, mas sim um passo importante na direção de uma sociedade mais justa e igualitária. A deputada Mar