O evento decorreu nesta quarta-feira, 17 de abril, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, com a presença do ministro da Energia e Águas de Angola, João Baptista Borges, e do Embaixador de Angola no país, Júlio Maiato.
Durante uma sessão plenária de alto nível sobre a triplicação das energias renováveis, com pronunciamentos oficiais dos 169 Estados-Membros, como República Dominicana, Geórgia, Iraque e Ruanda, que está na presidência da organização, o dia foi dedicado à apresentação da visão geral executiva da IRENA.
Júlio Maiato, como Representante Permanente de Angola junto à IRENA, conduziu a última sessão de trabalhos desta quarta-feira como facilitador das discussões, enquanto João Baptista Borges expressou sua satisfação pela aceitação da candidatura de Angola para a Vice-Presidência da 14ª Assembleia.
Em sua intervenção, João Baptista Borges destacou o crescimento exponencial da capacidade instalada de produção de energia elétrica de Angola, que aumentou de 2,4 GW em 2015 para 6,2 GW, com a geração hídrica passando de 39% para cerca de 60% e a geração térmica diminuindo de 61% para cerca de 36% em 2023. O ministro enfatizou que esse desenvolvimento foi possível devido aos investimentos, destacando a conclusão do Aproveitamento Hidroelétrico de Laúca, com capacidade de 2 GW, e a construção em curso do Aproveitamento Hidroelétrico de Caculo-Cabaça.
Por fim, ressaltou o Plano de Ação do Setor de Energia 2023-2027, alinhado com a Agenda de Longo Prazo 2050, prevendo a diversificação do mix energético para incorporar pelo menos 72% de energias renováveis, incluindo 1,2 GW de fonte solar até 2027, e alcançar uma taxa de eletrificação de 50%, com um investimento de 12 mil milhões de dólares americanos.
Recentemente, foram aprovados dois projetos de eletrificação para o Leste e Sul de Angola, que permitirão o acesso à energia da rede pública a mais de seis milhões de habitantes. O ministro também manteve encontros bilaterais com o ministro das Infraestruturas e Recursos Minerais de São Tomé e Príncipe.