O Reino Unido confirmou nesta segunda-feira, 27, por meio da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), o primeiro caso humano de gripe A(H1N2)v, um vírus muito comum em porcos. O caso foi detectado em um programa da vigilância nacional de rotina da gripe, mas a fonte da infecção permanece um mistério.
“De acordo com os protocolos estabelecidos, estão em curso investigações para saber como o indivíduo adquiriu a infecção e para avaliar se existem mais casos associados”, informou Meera Chand, diretora de Incidentes da UKHSA. O paciente, cuja identidade não foi revelada, apresentou sintomas respiratórios leves e se recuperou totalmente. Atualmente, ele está em isolamento, recebendo tratamento e sendo monitorado de perto pelas autoridades de saúde.
Os contatos próximos do caso também estão sendo rastreados, de acordo com um comunicado da agência, que informou ainda que a situação estava sendo monitorada com maior vigilância em hospitais na região de North Yorkshire, ao norte da Inglaterra.
“Infecções esporádicas acontecem. Ainda não existem evidências de que essa cepa seja capaz de causar doença mais grave do que as cepas atualmente circulantes”, alerta Helio Magarinos Torres Filho, patologista clínico e diretor do Richet Medicina e Diagnóstico/Rede D’Or. “O que precisa ser feito agora é rastrear os contatos da pessoa infectada para entender como ela adquiriu a infecção e se há mais possíveis casos”.
Os vírus causadores da gripe A – H1N1, H1N2 e H3N2 – são de origem suína, infectam humanos geralmente após exposição direta ou indireta aos animais ou ambientes contaminados. No total, 50 casos humanos de gripe A(H1N2)v foram notificados globalmente desde 2005, mas nenhum deles se relacionou geneticamente com esta cepa. Segundo a agência, a infecção se assemelha ao vírus que circula entre porcos no Reino Unido.
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