Diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência, Antonio Fernando Oliveira tem sido cobrado para mudar a postura da corporação que recentemente se envolveu em diversos escândalos políticos e de atuação em operações pelo Brasil.
Em entrevista exclusiva à CNN, Oliveira conta que há uma reformulação em andamento, com matérias sobre direitos humanos incorporadas à grade de formação dos novos policiais.
O objetivo agora é evitar que casos como o de Genivaldo Santos – morto após ser asfixiado em uma viatura da PRF – e da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos – que morreu no hospital após levar um tiro na cabeça em abordagem da corporação – se repitam.
Sobre a morte da menina no Rio de Janeiro, o diretor da PRF explica que internamente a ação ainda está sendo investigada.
Na última quarta-feira (20), a Justiça Federal do Rio de Janeiro transformou em réus os três policiais rodoviários federais envolvidos no crime. Heloísa morreu no dia 16 de setembro, após nove dias internada.
“Não posso falar que foi uma operação exitosa e temos, todos os dias, que evitar que casos como esses aconteçam. Tivemos um ou dois incidentes este ano, é uma margem muito pequena. Não estou dizendo que é aceitável, porque a atividade policial trabalha com a vida e não combatemos crime cometendo novos crime. Mas precisamos esperar o resultado do processo disciplinar”, completa.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Não combatemos crimes cometendo novos crimes”, afirma diretor-geral da PRF à CNN no site CNN Brasil.