A antiga deputada do CDS Cecília Meireles marcou o discurso na convenção da AD com as criticas a Pedro Nuno Santos, criticando-o por apoiar o setor da “economia clientelar do Estado” nos apoios do PRR.
“O PS, quando destinou 70% das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência ao Estado, já escolheu um setor estratégico a apoiar”, afirmou, referindo que o líder do PS será um primeiro-ministro “reciclado”.
“Se aquilo que queremos é mudar, então sabemos bem que feitas as contas, contados todos os cenários há uma coisa que é inegável. Só há duas pessoas em Portugal que podem ser primeiros-ministros: um é mais do mesmo, um reciclado, outro está aqui nesta sala, quem quer mudar, vota AD”, disse, referindo-se a Luís Montenegro.
Em intervenção, a antiga deputada e secretária de Estado do Turismo apelou ao voto útil. Cecília Meireles, que por opção própria está fora das listas de candidatos a deputados da AD, criticou a intenção já anunciada pelo líder do PS de, se for primeiro-ministro, escolher cirurgicamente os setores da economia a apoiar.
“Então o que tem a dizer é que o problema económico de Portugal é que as empresas foram apoiadas de mais e de forma indiscriminada?”, criticou.
Cecília Meireles recordou ainda o episódio da indemnização à ex-gestora da TAP Alexandra Reis, que o então ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos não se recordou inicialmente de ter autorizado.
“Em qualquer país do mundo, este ministro teria sido demitido por falta de responsabilidade política, em Portugal é candidato a primeiro-ministro. O povo julgará”, apelou.