Domingo, Setembro 14, 2025
Noticias Internas
Nenhum resultado
View All Result
  • Cidades
  • Cuidados de saúde
  • Economia e desenvolvimento
  • Novidades do mundo
  • Visão política
Noticias Internas
Nenhum resultado
View All Result

Início » Vitor Bento: “Temos uma má governança pública. Se não superarmos esta fragilidade, tudo o resto vai falhar”

Vitor Bento: “Temos uma má governança pública. Se não superarmos esta fragilidade, tudo o resto vai falhar”

em Visão política
Tempo de leitura: 3 mins read
Vitor Bento: “Temos uma má governança pública. Se não superarmos esta fragilidade, tudo o resto vai falhar”

O economista Vítor Bento critica a qualidade da gestão pública, considerando mesmo que se trata de uma das grandes fragilidades da economia portuguesa ao cabo de cinco décadas de democracia.

O professor universitário e atual presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que a qualidade da governança pública é má e tem vindo a degradar-se nos últimos anos.

“Se não superarmos esta fragilidade, tudo o resto vai falhar. A qualidade é má, porque, por um lado, os aparelhos de decisão do Estado têm se partidarizado em demasia. Por outro lado, os quadros dirigentes da administração pública na administração pública, num sentido muito lato, são muito mal pagos. E depois, a sociedade em geral e sobretudo a política, trata mal os dirigentes do Estado altamente meritórios”, afirma Vítor Bento na edição especial do programa “Da Capa à Contracapa” da Renascença, que analisou os desafios económicos de Portugal ao cabo de 50 anos de Democracia. O economista diz mesmo que os grandes dirigentes do Estado nunca são condecorados.

Vítor Bento alerta que desde 2015 Portugal foi o 15.º país da União Europeia em crescimento do PIB per capita , medido em paridades de poder de compra. ” Isso acontecendo circunstancialmente, não tem importância. Acontecendo sistematicamente, ganha importância”, observa o professor do Instituto Superior de Economia e Gestão.

“É verdade que nós aumentámos o emprego. Mas provavelmente aumentámos o emprego não qualificado. É importante criar as condições de retenção dessas qualificações e, portanto, das condições de desenvolvimento do país. E aí há coisas a fazer”, insiste Vítor Bento no programa da Renascença em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Reformar IRC e fazer crescer as empresas

O economista defende que a subida dos salários depende também de uma estratégia de aumento da produtividade e de crescimento das empresas.

“O regime que temos, demasiado assente em pequenas e médias empresas, gera baixos salários. Se quisermos vencer o desafio da produtividade, precisamos de ter mais grandes empresas, porque de facto, estas têm a capacidade de ter escala para diluir custos fixos e, portanto, diminuir os custos de produção. Por outro lado, as empresas maiores têm otimização de processos e capacidade de inovação e de desenvolvimento”, explica Vitor Bento no programa da Renascença em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

O antigo CEO do Novo Banco deteta uma cultura política e social “muito hostil” em relação às grandes empresas, baseado num ” discurso sistemático ” contra os grandes lucros.

“Os grandes lucros não significam necessariamente uma grande rentabilidade. Significam é que as empresas ‘empataram’ muito capital e as que ‘empatam’ muito capital geram mais lucros”, argumenta Vítor Bento.

Como exemplo desse constrangimento contra as grandes empresas, o professor do ISEG explica que o sistema fiscal de IRC, sendo progressivo e crescendo com o volume dos lucros, está diretamente correlacionado com o volume de capital

“Isto é uma política fiscal hostil à acumulação de capital. Em alternativa sugiro o que outros países mais desenvolvidos fazem, ou seja, que a taxa de imposto não seja progressiva. O imposto criado apenas sobre os lucros deve ser igual para todas as empresas e, portanto, que não hostilize a acumulação de capital”, propõe Vítor Bento que acrescenta que a existência de muitos benefícios fiscais é apenas uma forma de “compensar o grande desnivelamento de que é feito por esta via”.

A vantagem da periferia

Num plano global, Portugal pode vir a ser beneficiado pela sua natureza periférica, explica o economista. Vítor Bento argumenta que o país está afastado das zonas de conflito atuais, colocando-se numa periferia da Europa vantajosa pois , na prática, significa estar no centro do Ocidente.

“Isso é uma vantagem para a localização de atividades que possam vir a ter que ser transferidas do exterior, do Ocidente e nomeadamente da Ásia, para Portugal”, alerta o professor universitário.

Tags: Prime Plus
Postagem anterior

Costa recorda Delors como “um dos grandes impulsionadores da integração europeia”

Próxima publicação

Tratamento do câncer: os 5 principais avanços na oncologia em 2023

Entradas relacionadas

5 de Outubro em plena campanha. Cerimónia não vai ter discursos
Visão política

5 de Outubro em plena campanha. Cerimónia não vai ter discursos

Setembro 13, 2025
5 de Outubro em plena campanha. Cerimónia não vai ter discursos
Visão política

5 de Outubro em plena campanha. Cerimónia não vai ter discursos

Setembro 13, 2025
Ministro promete valorizar escolas, professores e não docentes
Visão política

Ministro promete valorizar escolas, professores e não docentes

Setembro 12, 2025
Ministro promete valorizar escolas, professores e não docentes
Visão política

Ministro promete valorizar escolas, professores e não docentes

Setembro 12, 2025
Visão política

Duarte Pacheco. “Em vez de atacar o PS, Moedas devia ter liderado de imediato com medidas e ações”

Setembro 12, 2025
Ministro promete valorizar escolas, professores e não docentes
Visão política

Ministro promete valorizar escolas, professores e não docentes

Setembro 12, 2025
Próxima publicação
Tratamento do câncer: os 5 principais avanços na oncologia em 2023

Tratamento do câncer: os 5 principais avanços na oncologia em 2023

Notícias recentes

Receita com exportação do agronegócio do Brasil cresce 1,5% em agosto, diz ministério

Receita com exportação do agronegócio do Brasil cresce 1,5% em agosto, diz ministério

Setembro 13, 2025
Morgan Stanley e Deutsche Bank projetam três cortes de juros nos EUA este ano

Morgan Stanley e Deutsche Bank projetam três cortes de juros nos EUA este ano

Setembro 13, 2025
Ataques de abelhas crescem no Brasil e expõem falta de antídoto

Ataques de abelhas crescem no Brasil e expõem falta de antídoto

Setembro 13, 2025
Centeno sai com o BCE a tomar novamente as rédeas do euro

Centeno sai com o BCE a tomar novamente as rédeas do euro

Setembro 13, 2025
Noticias Internas

Informações

  • Contacto
  • Privacy Policy
  • Copyright
Receita com exportação do agronegócio do Brasil cresce 1,5% em agosto, diz ministério

Receita com exportação do agronegócio do Brasil cresce 1,5% em agosto, diz ministério

Setembro 13, 2025
Nenhum resultado
View All Result
  • Cidades
  • Cuidados de saúde
  • Economia e desenvolvimento
  • Novidades do mundo
  • Visão política